A Quebrada de Humahuaca , é um vale andino de 150 quilômetros de extensão, rodeado por altas cadeias montanhosas e cavado pelo rio Grande, fincado a mais de 2.000 metros de altura na província de Jujuy.
Os povoados quebradenhos unem história e tradições de raízes ancestrais. É uma paisagem cultural única no mundo, já que os povoados índios da zona conservam crenças religiosas, ritos, festas, arte, música e técnicas agrícolas que são um patrimônio viviente, razão importante para que fosse noemada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO no ano 2003.
Seus habitantes atuais são na sua maioria da etnia coya. A quebrada foi cenário de distintas culturas ancestrais de 10.000 anos de Antigüidade, como os omaguacas, que lhe deram o seu nome ao local.
A partir do século XVI foi o caminho de ingresso dos conquistadores espanhois chegados de Peru, se misturando com a raiz índia.
O percurso da Quebrada de Humahuaca tem como eixo central a rodoviária Nacional N° 9.
Pela altura na que ficam os pontos turísticos e de interesse na região, deve-se caminhar com calma para evitar qualquer tipo de mal-estar ocasionado pela alta diminuição do oxigênio.

Purmamarca
Seu nome na língua quechua significa "povoado de leão" e na língua aimará "Povoado da Terra Virgem". Sua altura sobre o nível do mar é de 2.275 m. É circundada ao norte pelo rio Purmamarca e ao sul pelos cerros que conformam a quebrada que leva o memo nome.
A pequena população é uma atração especial porque se localiza na base do imponente Cerro de los Siete Colores. Suas construções pertencem ao século XVII e seu pitoresco traçado urbano foi realizado em volta da igreja principal de chamativo estilo clássico quebradenho.
A antiga igreja, declarada Monumento Histórico Nacional e que data de 1648, possui exteriormente muros de adobe e uma típica carpintaria de cardo em seu interior. Em toda a região as casas se destacam por ser de adobe, amassadas com terra e palha. Persistem pela região costumes pré-hispânicos nas celebrações comunitárias como são as festas pátrias. Também é muito importante o culto à Pachamama e outros rituais anteriores à colonização. A música também é protagonista principal nesta região e é executada com instrumentos próprios.
Aqui encontra-se uma das belezas naturais mais importantes do noroeste: O CERRO DE LOS SIETE COLORES, famoso por suas pedras coloridas de origem sedimentário. Está às costas de Purmamarca, onde com seus frondosos arvoredos dão uma característica muito pitoresca à região. As capas sedimentárias de diferentes tons nas quais predominam o vermelho, ocre e púrpura, constituem a beleza da Quebrada de Purmamarca, que conflui com a de Humahuaca.

Tilcara
Tilcara é assim chamada pelo nome da tribo que a habitava. Sua fundação remonta ao ano de 1586. Com respeito à primitiva população não foram encontrados documentos que se refiram com clareza às suas origens. Quanto à parte religiosa se considera sempre a Tilcara como anexo de Humahuaca e Tumbaya.

San Salvador de Jujuy - Jujuy foi fundada em 1593 e está localizada entre os rios Grande e Xibi-Xibi. Tem mais de 180 mil habitantes e boa estrutura de serviços e hotéis, ainda que o lugar em si não tenha atrativos que façam por merecer uma estada prolongada. Vindo de Salta, você pode seguir diretamente para cidades menores e mais bonitas, como Purmamarca e Tilcara, ou parar em Jujuy para ter mais opções de horários de transporte para estes locais.


Lagunas de Yala Se você tiver metade de um dia livre em Jujuy, ir até essas lagoas na montanha é um passeio interessante. São três lagoas onde se pratica pesca de trutas. No inverno o visual é bonito, não raro com neve pelo caminho. De Jujuy pegue os ônibus número 9 ou 19, que saem de um ponto na C. Leandro Alem, a uma quadra da rodoviária por $0,60, levando 20 minutos até a cidade de Yala. A chegada do ônibus 9 é na estrada em frente à cidade de Yala, sendo necessário caminhar 12 Km morro acima. Por isso, tentar uma carona ou pegar um taxi até as lagoas é uma boa idéia. 0 ônibus 19 tem seu ponto final em Nogale, 3 Km adentro pela estrada que vai às lagoas. De Nog" fica mais difícil tomar um táxi, e a distância. até as lagoas é de 9 Km.

Museo Arqueológico Dr. Eduardo Casanova -  Há uma bela coleção de artefatos antigos e explicações sobre várias culturas indígenas, além de uma seção que explica os diferentes tipos de milho da região e sua utilização na vida cotidiana de todos os povos que passaram por estas terras. Mantido pela Universidad de Buenos Aires.

Museo Irureta de Belias Artes -  Apresenta a arte contemporânea da região e do país, com mais de 150 obras. Alguns quadros são Coloridos de forma interessante, com pedras naturais. Vale a visita.


Paleta del Pintor Quatro quilômetros ao sul, antes de alcançar a cidade, passa-se por este monumento natural belíssimo, à direita da estrada, em frente ao vilarejo de Maimará. A Paleta é uma formação rochosa na face de uma das montanhas e tem esse nome por apresentar vários pedaços coloridos de formas arredondadas na sua superfície. Para visitara Paleta dei Pintor prefira ir à tarde, quando a luz do sol é mais propícia. Seguindo pela Ruta 9, podese chegar em Maimará facilmente de ônibus, taxi ou de bicicleta - descida na ida, subida na volta. Em Maimará, suba até o monte chamado Monolito para uma visão ampla do vale e da Paleta dei Pintor. A partir da praça local, siga pela rua à esquerda da igreja. Depois de uma quadra dobre à esquerda e suba pelo caminho de terra. Se o Rio Grande, que passa pelo lugarejo, estiver seco, desça até lá e caminhe pela sua margem observando a Paleta mais de perto. 0 show de cores durante o pôr-do-sol, entre 117h30-19h, é espetacular.