E entramos na branquíssima e gelada Romênia.

Era tanta neve que a rodovia principal ficou completamente branca.

As paradas para abastecer também eram geladas e, nessas horas, meu amigo, é necessário estar com um sapato apropriado.

Desde a nossa última passagem pela Itália, quando nosso GPS rodoviário quebrou, estamos usando um Ipad como navegador.

Ele é fantástico, pois navegamos no Google Maps com facilidade. Mas de vez em quando ele dá umas "calengadas" e nos coloca em estradas muito, muito precárias.

Mas, pelo menos, no caminho mais curto.

Cruzamos dezenas de vilas abandonadas e destruídas.

Como muitas estradas são uma mistura de lama e neve, os romenos malandros tem pneus biscoito.

A Romênia é um país rural e sua estrutura industrial é decadente e abandonada.

Mas para quem curte turismo distante das cidades, como nós, é fantástico!

As raposas podem ser vistas com facilidade pelo caminho.

Às vezes, nas estradas vazias, os cruzamentos de trem baixavam e a espera era longa até o dito cujo aparecer.

Era só abrir a janela do carro e logo apareciam uns cachorros sem dono me olhando com cara de:

-Me leva, por favor?

Dava pena, mas já temos uma imundice que vale por cinco...

-Foi mal amigão, fica pra próxima!

Cruzamos vilas fantásticas. Com muita neve caindo do céu.

Algumas casas medievais pareciam disputar um raro espaço no topo de alguns morros.

Até que chegamos ao lendário Castelo do Conde Drácula.

Na fria e gelada Transilvânia.

Nosso fedorento teve medo!

Ali morou um camarada chamado Vlad III. O malandro, simplesmente, empalava seus inimigos!

Ele era tão ruim que inspirou a história do Conde Drácula.

Vampiros são uma lenda antiga na Transilvânia. É o Saci-Pererê dos caras.

A neve e o gelo fino são perigosos e o carro, mesmo estacionado, deslizava de lado em uma ladeira pouco íngreme.

Na capa deste diário tem um breve vídeo mostrando como o gelo fino é desagradável.

Não tinha camping, por isso fomos para um hotelzinho que aceitou nosso fedido.

Ahhh... Nosso fedorento gosta demais de mordomia!

Depois de visitar o interior do castelo continuamos a viagem pelas freqüentes igrejas cristãs ortodoxas.

E por, não menos freqüentes, cristãos ortodoxos.

Nossa última parada foi na cidade mais européia da Romênia, Oradea, com seus telhados cheios de neve.

Entramos no nosso sorvete rodante...

... E, partimos para a Hungria, sem termos visto, infelizmente, nenhum cigano sequer.

Afinal, a Romênia é o pais dos ciganos.

Comidas e bebidas maneiras

Após nossa passagem "vapt vupt" pela Bulgária chegamos à Romenia, terra do famoso Conde Drácula. A culinária romena é bastante influenciada por países como a Russia, Bulgária, Turquia e Grécia. Da gigantesca Russia, para nossa surpresa e deleite, eles herdaram o gosto pelo estrogonofe. Este, definitivamente, era o último prato que imaginamos encontrar por lá. Quando vimos no cardápio não conseguimos fugir dele.

A única diferença entre o nosso e o deles é que eles colocam picles no molho do creme de leite e, não ficou ruim. Ao invés do arroz eles vieram acompanhados por croquetes de queijo. Delicia!

Assim como alguns países balcãs vizinhos, eles têm o costume de tomar sopa como entrada das suas refeições. E comer saladinhas também. Porém, quando passamos por lá, estava tão frio, mas tão frio, que optamos por uma deliciosa sopa de tomate. Eles ainda colocaram pedacinhos de queijo que o calor da sopa derreteu. Maravilha!



E, na Romênia, ainda não estava liberada para tomar as minha preciosas cervejinhas, mas Gustavo experimentou algumas geladas por nós dois.

- Ursus, Premium: A Ursus cervejaria é considerada top de linha na Romênia e é bastante exportada para toda a Europa. Seu slogan,  o "rei das cervejas romenas", deixa isto claro.

- Ciucas, Brasov: Seu nome refere-se a uma montanha romena de onde nasce seu principal ingrediente, água pura da montanha. É outra cerveja fabricada pela Ursus. Vale experiementar!

- Ciuc, Premium: Apresentação lager da Ciuc, também fabricada pela Ursus. Este é o tipo de cerveja mais consumindo em todo o mundo. Para matar a sede!

- Silva: Cerveja escura e bastante forte, com 7% de álcool. Ela é fabricada no centro da Transilvânia, pela Heineken da Romênia.

- Timisoreana: Considerada uma das mais antigas cervejas fabricadas na Romênia, se não for a mais antiga. Desde 1718. E das mais gostosas também.



As desgustações foram feitas em quartos de hotéis, já que acampar por lá estava simplesmente impossivel. Mas como com Gustavo não tem tempo ruim quanto a isso, ele caiu dentro. E nosso fedorento, claro, adorou a bagunça!



E por aqui nos despedimos da nossa breve passagem pelo país.

Nos vemos na Hungria!

 

 

 

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