Depois da burocracia na aduana chilena, procuramos um camping em San Pedro do Atacama. Encontramos o Los Perales, perto da rua Caracoles que é na rua central onde rola a night e onde estão os melhores restaurantes da cidade.

Estávamos decididos a nos internar no Atacama por uma semana. Era minha 3ª vez ali e este é, sem duvida, o deserto menos monótono da America do Sul. Em um raio de 200km, existem algumas dezenas de lugares maravilhosos para se visitar.

No camping, jogamos a ancora perto de um motorhome da França.  Nele tinha um mapa mundi com os lugares já visitados. Era uma coisa impressionante. O cara tinha dado a volta ao mundo quase 2 vezes e estava viajando desde 1996! 250.000 km percorridos! Eu iria conhecer esse camarada no dia seguinte.

Uns 50 metros a frente do Farofamóvel tinha um casal de alemães. Eles tinham cerca de 50 anos, estavam em 2 bicicletas e dormiam em uma barraca. Cada bicicleta puxava uma espécie de mini-trailer para bikes, onde eles guardavam suas bagagens.

A missão imediata era matar a saudade do Pisco Sauer, a caipirinha do deserto. Fomos para um bar onde quem tomava 1 pisco, ganhava outro. Depois do 3º  pisco tudo fica lindo, lindo , lindo!

Saímos deste bar e fomos para outro chamado Milagro. Esse bar não tem teto e no centro dele existe uma enorme fogueira onde as pessoas ficam em volta enchendo a cara. Naquela roda de fogo estavam sendo faladas, pelo menos, umas 6 línguas diferentes. Era bem bacana e ao mesmo tempo esquisito. Parecia uma seita alienígena do Arquivo X.

No dia seguinte acordamos do lado daquele motor-home francês. Fui pegar umas dicas de como atravessar o carro de um continente pro outro. Seu nome Sergio,  um senhor de aproximadamente 70 anos e viajava com a esposa. Tinha trazido seu “farofamovel” em um navio Roro, que são aqueles quadrados, enormes, que parecem uma caixa de sapato. Ele veio da Alemanha para Buenos Aires dentro deste navio também. Pagou 1500 euros pelo carro e 2800 euros para vir no navio junto com a esposa.

-E aí, será que dá para levar o cachorro também?

-Cachorro eu acho que não dá.

-E desses países todos, quais você mais gostou?

-Cada um tem sua graça. Vale a pena conhecer todos. A Índia é realmente especial.

-Teve algum problema em algum país? Assalto, problemas com a policia?

-Nenhum problema com assalto. Os únicos lugares que me exigiram propina foram no norte da Argentina e na Rússia.

- E no oriente médio?  Tranquilo?

-No Paquistão as pessoas são muito boas ou muito ruins. Não tem meio termo.

Não vi nenhum ponto no Brasil, e perguntei:

-E o Brasil? Não visitou? Está indo desta vez?

-Brasil não! Tenho medo. Amigos meus foram e passaram diversas dificuldades e violência.

Porra! O cara tinha passado pelo Irã, Paquistão, Ukrania, Líbia, Bolívia, Colômbia, China e peidava para ir ao Brasil!!

Bolei.

-E agora? Qual o roteiro?

-Chile, Bolivia, Peru, Equador, Colombia e Venezuela. De lá mando o carro para a Europa.

Era o mesmo roteiro que eu!

-E aí? Termina a viagem por lá?

Com um sorriso ele me olhou com aquela  expressão universal de “É ruim, meu irmão!”

Era nosso primeiro dia no Atacama e fomos para o Vale da Lua e pro Vale da Morte. Ali dá para se  ter uma idéia de como o deserto é lindo e também um lugar difícil de sobreviver.

De noite fomos para a rua Caracoles bater ponto na night.

Na volta pro camping ficamos conversando com uns chilenos locais alpinistas. Caras maneiros e conversadores. Os mesmos que escalam uma parede artificial de alpinismo, que aqui chamam de Andinismo. Esta parede ficava ao lado do Farofamóvel no camping.

Quando eu voltava do banheiro a Ana comenta:

-Chegou um menino aqui muito doido. Ele entrou no Farofamovel , começou a fazer um monte de perguntas, mexeu em tudo...

- Moleque maneiro?

-Diferente...

Não muito depois eu conheci essa criatura que infernizou a nossa vida durante uma semana no camping.

E lá vem ele...

-Olá!

-Olá.

-Tudo bien?

-Ya

E começou uma sequência de mais de 100 perguntas. Em menos de 30 minutos aquele moleque sabia mais sobre mim que minha própria mãe. Passou pela minha cabeça que aquele “ser”poderia estar trabalhando para a policia secreta chilena.

Na pergunta 113 cansei e comecei a mandar: “Não intiendo.”

Aquele foi o começo de uma relação torturante de 1 semana. Em apenas 1 dia, ele já tinha apelido:  Chico Chato (pronuncia-se Tchico Tchato)

E fomos conhecer a Quebrada de Jere. Um oásis natural dentro de um cânion onde passa um riacho. Lá eles plantam verduras e frutas.

Na volta Chico Chato nos aguardava com sua irmã no camping. Era a Chiquitita Chatita. Ela era pior, mais chata e mais malvada que seu irmão mais velho. Enquanto o Chico Chato nos torturava com suas infinitas perguntas, Chiquitita Chatita sentava a porrada no Tapa . Ora com socos, ora com tapas. Até que ela pegou um pau e fui obrigado a colocar o pé no freio.

-Por favor, não moleste o perro.

Não adiantou. Tive que trancar o Tapa na cabine e nos escondemos dentro do carro. Inconformada, Chiquitita Chatita pegou seu pau e começou a dar pauladas em uma lata fazendo o maior barulhão. Seu irmão Chico Chato, ficou rindo e apoiando a tortura. E essa guerra se repetiu todos os dias quando voltávamos do passeio.

Procuramos, desesperados, por outro camping.

Achamos um menor, pior, mais feio, mais longe e mais caro.

-Ótimo! Vamos ficar!

Mas quando souberam que tínhamos cachorro, fomos embarreirados...

Tristes e derrotados, teríamos que enfrentar Chico Chato e Chiquitita Chatita por mais alguns dias.

Fomos visitar a Laguna Miscanti. Lugar lindo... Uma montanha cheia de neve com um lago congelado aos seus pés.

A subida era muito íngreme, e o Farofamóvel precisou do 4x4 reduzido para chegar lá em cima. A estrada de rípio irregular moeu o carro e o microondas caiu do lugar. A tramela, que tranca o carro, trepidou tanto com os solavancos que trancou o carro por dentro.

Quando chegamos lá em cima fomos tentar abrir o carro para pegar a câmera de filmar, o casaco e liberar o Tapa. Que surpresa!  Capota trancada por dentro sem ter como abri-la!

Neve e ventos fortíssimos eram os coadjuvantes daquela paisagem de quadro sem moldura.

Fiquei de camiseta todo travado de frio, em cima da neve, com aquele vento extremo. Um lugar maravilhoso sem poder filmá-lo, me sentindo um picolé ! Pelo menos tiramos algumas fotos.

Encantados e preocupados,  tínhamos que ir embora rápido e bolar um plano para abrir o Farofamóvel sem danificá-lo.

-E aí Ana? Qual vai ser? Alguma idéia?

-A gente pode colocar um cabo de vassoura na frestinha e tentar abrir. Enquanto um tenta, o outro olha pela cabine e  pelo walk talk passa as instruções.

-Boa idéia! Estava pensando em horrorizar. Pé cabra e o escambal.

Descemos os 5000 metros e quando estávamos nos 2500 de altitude e com oxigênio suficiente para pensar e força para abrir nossa casa, tive uma outra idéia.

-Vou forçar o vidro.

-Vai quebrar!

-Vou tentar.

E com o expertise de um sequelado que já perdeu a chave mais de 1000 vezes, consegui abrir vidro com honra ao mérito. E sem danos!

E voltamos pro camping felizes da vida.

Chico Chato estava lá nos esperando.

-Porra Ana,  acho que esse moleque toma um acido e vem encher o saco da gente.

-Tá foda! Vou procurar a mãe dele.

E aparece a dita cuja do nada. A mãe de Chico Chato. Com a fisionomia de uma jararaca clássica, que quando não está espancando os filhos, está tomando porrada do marido. Ela dá logo um esporro:

-Tá fazendo o que aí? Sai daí!! Sai de perto do cachorro!

-Tapa é bonzinho, ele veio do Brasil. Morde fraquinho...

E ela me olha e pergunta:

-Ele é bravo? Muerde?

-Não é tranqüilo...

-Só quando cierra los dientes... disse irônica.

-Pra casa !!! Já!!!

E Chico Chato foi embora, graças a Deus.

De noite, o Tapa não podia mais tocar a buzina, pois colocamos uma mesinha na frente do volante impossibilitando uma futura sacanagem. Mas ele é invencível e ligou o alerta. Depois da meia noite tudo se apaga e lá estava o Farofamóvel piscando como um disco voador aterrissado no meio do deserto. Acordei com o Tic Tac Tic Tac e descobri a nova proeza do fedorento.

-Ana, vou lá fora desligar o alerta do carro. Mais uma sacanagem do nosso amigo fedido.

-Vai com Deus ...

Quando desliguei o alerta fiquei chocado. O céu virou o protagonista do Atacama depois das 2 da madruga quando a cidade se apagou. Dava para ver todas as crateras da lua a olho nu. As estrelas do horizonte podem ser vistas com a mesma clareza que as que ficam a 90º. Estrelas cadentes rasgam o céu de 10 em 10 segundos. Parecia filme do Spielberg...

-Ana, vem ver o céu! Tá foda!

-Obrigado, já tenho...

-Tá perdendo um show aqui fora!

-Boa noiteeeeeee

E realmente trocar o quentinho do Farofamovel por aquela friaca lá fora exigia alguma coragem.

Dia seguinte, pensando seriamente em seguir uma carreira de astrônomo, fomos no Observatório Alma.  É uma estrutura impressionante, no estilão Nasa.

Os brasileiros metidos e empoeirados foram até a porta do lugar pedir para visitar o lugar. O segurança avisou:

-Claro que não.

-Por favor, vim do Brasil só para visitar isso...  – que mentiroso...

Como pena do Pinóquio, ele me deu 2 telefones de Santiago do Chile para pedir autorização.

Claro que nunca liguei.

Então fomos para as Lagunas Cejar. Um lugar mais salgado que o Mar Morto, no meio do deserto de sal do Atacama. Ali as pessoas nem conseguem afundar e tiram foto boiando lendo um livro. É praxe.

Era um belo lugar para fazer uma farofa.

-Vou fazer um pasta ao pesto!    disse a Ana

-IIIçaaa!!!! Especiarias maravilhosas da Dona Ana!

Tenho que abrir um adendum e dizer que a Ana só tem feito altos rangos. Só comida de primeira, de restaurante mesmo.  Coisa gostosa e apresentável.

Todo brejeiro, fui abrindo nossas cadeirinhas e mesinha. Até um guarda sol coloquei na beira da laguna.

Era perfeito... No meio do nada, a gente bater um “ranguinho todo delicia”.  O Farofamóvel com geladeira de barco, microondas e fogão elétrico surpreende com o conforto oferecido em todo e qualquer lugar.

De bermuda e chinelos observávamos a neve caindo em uma montanha a 150 km de distancia dali. Que lugar doido!

Mas entrou um vento absurdo e o Éden se transformou no caldeirão do capeta.  Quase que a barraca some voando pelo deserto. Como 3 mártires, comemos nossa comida protegidos pela caçamba do Farofamóvel.

O deserto é muito parecido com o oceano. Ele muda de humor rapidamente.

Voltamos para o camping muito cansados e quem nos espera? Quem? Quem? Ele mesmo... nem precisa dizer o nome.

Nos trancamos no carro e estávamos decididos a sair dali quando Chico Chato, o menino que poderia dar palestras sobre chatice, sumisse dali. Para nossa alegria chegou uma família de franceses e Chico mudou o foco.  Lá foi ele, “encher o saco pra lá “

Eu e Ana ficamos rindo da cara de desespero da mãe da família depois de 30 minutos de aluguel agressivo.

O passeio agora seria o mais legal de todos. Os gaisers do El Tatio.  O lance é que tem que acordar  muito cedo e encarar uma estrada moedora de veículos de 150 km. Se chegar depois da 9:00 da manhã perde o espetáculo e os gaisers ficam broxas.

No estilo Paris-Dakar, fomos a toda velocidade. Não podíamos perder essa atração por nada. Mas se chegássemos depois das 9, perderíamos a viagem.

Rodamos por estradas bolivianas antes de entrar no El Tatio.

No caminho, para atrasar ainda mais,  tomamos uma dura dos Carabineiros no meio do deserto. Ali é fronteira com a Bolívia e os chilenos levantam a guarda.

Papelada apresentada... abraço, beijo e um queijo!  Lá vamos nós novamente a 120km/h. Faltam 20 km ainda, e são 8:30! Passamos por uma S10 que perdeu a batalha para a estrada. Toda arreganhada ela estava nocauteada no caminho.

Chegamos no local às 8:55 e fomos presenteados com o lugar todo só para nós 3.

Que lugar bacana! Aquele monte de chafariz com 20 metros de altura.

Diversas crateras saindo fumaça e piscinas termais.”

Voltamos cedo pro camping e Chico Chato tinha sido dispensado pela família de franceses. Com a agilidade de um ninja trancamos o Tapa na cabine e fui me esconder no banheiro.

A Ana teve que encará-lo sozinha, desta vez.

E ele dizia para ela:

-Você é linda, hermosa, precisosa, belíssima...

Esse moleque é mesmo um exemplar endêmico de pela saco, faixa preta do deserto.

Passamos a tarde dormindo dentro do carro com pavor do Chico Chato.

Enquanto eu escrevo este texto a Ana faz uma mais um jantar delicioso no fogão do camping que é disputado a tapa por todos.

Na manhã seguinte acordamos e a cidade estava sem água. San Pedro sem luz tudo bem, mas um deserto sem água é foda. As privadas do camping ficam cheias de coco sem descarga. Nossos lábios estavam completamente rachados e nossa pele estava tão úmida quanto a de um lagarto. Chico Chato apareceria com sua irmã a qualquer momento.

Era o dead line. Hora de ralar fora.

 Ainda bem temos nosso estoque razoável de água no Farofamóvel e até banheiro!

Oceano Pacifico, aí vamos nós!

Comidas e bebidas maneiras

O Chile tem a sua gastronomia marcada pela variedade de frutos do mar o que favorece o consumo dos vinhos brancos por todo o país. Apesar do alto consumo de vinho, o Chileno também é cervejeiro.


Mesmo com uma culinária bastante farta e variada, o café da manhã, ou o chamado “Desayuno”, não é tão “bem servido” quanto o nosso. No lugar do café é muito comum, em hotéis e pousadas, servirem chá com uma ou duas fatias de pão, o “pan”, ou torrada. Suco de laranja, requeijão, geléias e bolinhos? Pode esquecer.
Os pães daqui são bem diferentes dos nossos, saborosos e nos formatos mais variados. Não existe o pãozinho francês. Mesmo assim, não deixam nada a perder. Em quase todos os postos de conveniências, ou “Estacions de Servicios”, há pães fresquinhos saindo a todo o momento.


Devido à localização do país, o salmão e os frutos do mar em geral são acessíveis a quase todas as classes sociais, o que se difere do nosso país. Aqui faz muito sucesso o saboroso “Salmon à lo pobre”, um prato composto por salmão, batata frita, cebola refogada e ovo frito por cima, uma delicia!! Nos restaurantes, praticamente em todas as mesas, há um prato como esse sendo devorado. As porções são tão bem servidas que em alguns locais é possível dividir um prato para duas pessoas ... e claro, o bolso agradece. As refeições servidas “À Lo Pobre”, que não lembram em nada as refeições dos menos abastados, são tradicionais do sul ao norte do país e levam esse nome por incluírem ingredientes tradicionais como a batata, cebola e ovo, podendo ter variações, dependendo do local.


Tradicional também é a “Empanada”, servida em todas as padarias, bares e restaurantes. Trata-se de uma massa, assada ou tostada, com recheio de queijo, carne, cebola ou mariscos. É um lanche, ou dependendo do tamanho, uma refeição prática e saborosa. Lembra o famoso “croissant”.


O “Pollo”, o nosso famoso frango, é muito pedido por aqui. Dependendo do lugar, como em San Pedro de Atacama, há restaurantes especializados em serví-los. Neles o prato mais pedido é sempre o “Pollo com Papas Fritas”, frango assado com batata frita, muito bem servido e com o preço bem em conta. Para viajantes como nós, com certeza, é sempre uma boa pedida.


Destacamos três doces comuns no país. O “Mil Hojas”, ou Mil Folhas, feito por diversas camadas de massa folhada com um farto recheio do famoso “dulce de leche” chileno. É de lamber os dedos! O “Manjar” faz sucesso e aqui é composto somente por leite e açúcar. Ah, e os Alfajores Chilenos! Parecidos com os Argentinos. Massa recheada por doce de leite coberto por chocolate. Não tem erro!


Chilenos apreciam a boa bebida. Vinho por aqui não falta e existe uma variedade muito grande de preço e sabor. Dos mais baratos aos mais caros, todos são muito saborosos. Valorizando a culinária de frutos do mar, o vinho branco sai ganhando. Mas, não deixa o vinho tinto para trás, afinal, num inverno como o daqui, um bom vinho tinto cai muito bem!


Aqui também se bebe cerveja. E das boas. A mais famosa, e provada e aprovada por nós é a Austral. Gosto marcante e peculiar. Sua fábrica fica ao sul do país, em Punta Arenas. Deve ser a fábrica de cerveja mais ao sul do mundo. Excelente cerveja!


Para fechar, o famoso “Pisco Sauer" não poderia ser esquecido. Bebida tradicional dos desertos chilenos, lembra a nossa caipirinha. O Pisco é uma aguardente destilada de uvas moscatel com alto teor de açúcar, cultivadas nos vales do norte do Chile. A bebida combina com o verão e inverno. Mas cuidado! Uma dose, dependendo da sua tolerância ao álcool, é mais que o suficiente. Mais que isso é exagero de felicidade na certa! Para os que nunca provaram essa maravilha chilena, segue a receita que rende para até dez pessoas:


- Ingredientes:


• 250 ml de suco de limão (tirar os fiapos brancos de dentro da fruta)
• 600 ml de pisco
• 200 g de açúcar de confeiteiro
• 2 claras de ovos
• gelo a gosto


- Como fazer?

Colocar o pisco em um recipiente grande com gelo, em seguida acrescentar o suco de limão, depois o açúcar, e mexer bem. Colocar a mistura na coqueteleira, juntar as claras e mexer novamente. Pode ficar por dois dias na geladeira, mas sempre deve ser batida antes de servir.


Salud!

Buen Apetito!

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