Lá na casa do Morango eu tinha conseguido dar uma limpada no filtro de combustível e rodamos mais uns 1000km sem luz acesa no painel.

Mas na passagem pelo Big Horn a luz acendeu novamente e paramos numa cidadela chamada Greybull.

Nesta área, as pessoas realmente morrem de frio quando seus carros quebram, em nevascas, nas estradas.

Depois de ficar congelado embaixo do carro, com as costas no gelo, tentando procurar uma peça do filtro que caiu entre o motor e o protetor de carter, conseguimos remontar o filtro e seguir adiante.

No caminho vimos cavalos peludos e bois com chifres enormes. Pareciam o capeta.

Vimos também muitas lojas de armas. Tanto para caça, como para defesa pessoal. Os caçadores ficam perguntando se o Tapa é cachorro de caça. Sim, ele é de caça...  caça problemas.

Paramos na Toyota, em Livingston, para trocar o óleo e tentar arrumar um filtro de combustível. O óleo e o filtro de óleo tudo bem, mas filtro de combustível “só no Japão”. Depois de todos os funcionários tirarem fotos com seus celulares ao lado do carro e a alta administração da concessionária dar uma bela pescoçada no modelo inédito de Toyota no país, partimos para Yelllowstone.

Mais uma vez pegamos muuuuita neve no caminho. Nos postos de gasolina são vendidas umas ferramentas próprias para tirar neve e gelo do vidro.

Como o portal leste do parque estava bloqueado pelo acúmulo de neve nas estradas, tivemos que subir pelo norte e entrar pelo portal oeste.

Uma estrada linda...

Com gente pescando no rio...

As margens cheias de neve...

E muitos animais pelo caminho...

Chegamos ao Yellowstone National Park por West Yellowstone.

Um lugar onde o pessoal anda de snowmobile pelas ruas da cidade.

Carros e snowmobiles disputam o mesmo espaço.

Passamos por um estacionamento e tivemos que saltar para dar uma olhada.

Dezenas de carros com neve até o teto! Ali, definitivamente, faz frio.

As pick ups ficam com neve transbordando na caçamba.

 

Vimos um showzinho maneiro de um cara chamado Will.

Como só a gente estava dando atenção pro show do cara, ele dedicou todas as músicas pro Brasil... hehehe. Camarada maneiro que levou um som bem legal.

No dia seguinte vimos ursos...

...lobos...

... e cachorros malucos.

Estava tão frio que as mãos da Ana começaram a sangrar e a inflamar.

Alugamos um snowmobile...

 

... e fomos passear dentro do Yellowstone.

E fizemos um passeio fantástico no parque que na verdade é um super-vulcão.

Como a neve é profunda, as únicas formas de entrar no parque são de snowmobile ou em carro com esteira.

O snow coach leva a galera que procura mais conforto e menos vento gelado na cara.

Passear por dentro da cratera do super-vulcão, de snowmobille, e perto dos gêyers foi fantástico e nunca iremos esquecer este dia.

Sobre passarelas nevadas pode-se passear no meio de diversos gêysers.

É lindo!

A vegetação é linda. O Yellowstone é do jeito que sempre foi. Nunca houve interferência do homem na região.

Vimos a explosão do mais famoso gêyser do parque: o Old Faithful, ou velho fiel, como é conhecido no Brasil. Ele é o único gêyser do mundo com hora marcada para entrar em erupção. Os caras colocam uma placa escrito: “Próxima erupção: 14:09.” E nesse exato horário o buraco cospe o chafariz. É incrível!

O destaque fica para os corvos que são super sacanas. Eles sabem abrir as bolsas esquecidas nos snowmobiles. E se, por um acaso, não houver nada saboroso dentro, eles fazem coco no banco do motorista. É batata.

Isso aí em cima é um hot spring, uma piscina de água fervendo. Este era um gêyser que explodiu há mais ou menos 10 anos e se transformou nessa piscina linda. Há 2 anos atrás um cachorro pulou aí dentro, e o dono desesperado, pulou atrás. Os dois morreram cozidos. Morre-se em cerca de 15 segundos. O detalhe macabro é que o cara ficou com os olhos brancos e murchou.

No Yellowstone existem mais gêysers que o mundo inteiro junto. O super-vulcão que lá existe, se entrar em erupção, ficará cerca de 5 dias em atividade ininterrupta. A cratera tem cerca de 90 km de extensão e é sem dúvida o lugar mais perigoso do planeta. Quando ele entrar em erupção será o fim da América do Norte e irá sobrar pouca coisa bonita na terra.

Cruzamos também com os búfalos. Eles são os animais mais perigosos do Yellowstone. Mais que os ursos e lobos. Eles, todos os anos, atacam diversas pessoas e algumas morrem.

Para nossa sorte, no inverno o metabolismo deles fica mais lento e eles ficam menos agressivos.

Cruzamos lindos cânions...

... com cachoeiras nevadas.

Foi um passeio inesquecível...

...com vida selvagem intensa e constante.

Foi bem cansativo. Mas valeu a pena demais... ah valeu...

Nosso último dia em Yellowstone foi de muita neve...

... o Farofamóvel parecia um sorvete.

E as viagens maneiras seguem em frente com neve até o teto.

Comidas e bebidas maneiras

Que os americanos gostam muito de refrigerante todo mundo sabe... mas também não precisam exagerar, né? Vejam abaixo a foto de um “copo” de refrigerante que bebemos num típico restaurante do interior... rimos muito quando recebemos este “small soft drink” hehehe

Neste dia aproveitamos para comer um pouquinho melhor. Eu pedi um prato de bife ao molho de cogumelos com batata frita e salada....

 

E Gustavo, como não consegue resistir, pediu um prato de costela com onions rings...

 


Ambos estavam deliciosos e representam um pouco da culinária das cidades de interior.

Ficamos presos na pequena cidade de Dayton por causa de uma forte nevasca e por isso não conseguimos seguir viagem. Mas isso não foi motivo de tristeza, pois aproveitamos para tomar uma cervejinha, o que é cada vez mais raro no nosso dia a dia.

Primeiro, pois quando paramos estamos muito cansados e só queremos dormir, e também por causa do frio que continua intenso. Fomos a um restaurante chamado “Legends” quase na frente do camping onde passamos a noite.

Logo ao entrarmos, vimos umas fotos de dois labradores super parecidos com o nosso fedorento. É claro que perguntamos à moça que nos atendeu de quem eram as duas belezuras e ela nos respondeu que ambos eram dela e do marido. Um macho e uma fêmea, chamada Legend e já falecida. Depois da morte dela eles resolveram homenageá-la e colocaram o nome dela no restaurante, daí o nome “Legends”.

Os preços dos pratos principais estavam um pouco “salgados” e por isso ficamos apenas nos aperitivos com algumas cervejinhas, pois estavam mais acessíveis. Tomamos a cerveja Miller, bastante conhecida aí no Brasil, e aqui chamada de MGD. Para acompanhar esta beleza de cerveja, pedimos primeiro “Shrimp & Crab Stuffed Mushrooms”, cogumelos recheados com camarão e caranguejo. Não preciso descrever muito para se entender a delícia que estava!

 

Estava tão gostoso que acabamos pedindo mais uma entradinha. Desta vez foi “Crab Artichoke au Gratin with Toast Point”, caranguejo gratinado com alcachofra e torradas. Estava espetacular, assim como os cogumelos.

Como estamos viajando pelo “interior” do país, temos a grande oportunidade de conhecer cidadelas interessantes e tipicamente americanas, onde seus moradores têm grande orgulho de ser dali. Uma destas cidades chama-se Greybull. Também tivemos que passar a noite ali por causa de outra forte nevasca. No motel onde ficamos não tinha café da manhã e por isso optamos em tomar um café rápido, na rua mesmo.
Acabamos num restaurante local igual a esses que estamos acostumados a ver nos filmes passados aqui.

Pedimos dois combos waffles que nos pareceram os mais “saudáveis” de todos... mas, haviam apenas duas opções nos combos: vir com bacon ou lingüiça !!??

 

Pois é, os nossos triglicerídeos gritaram de alegria (ou de tristeza) depois deste café da manhã "super vegetariano". Mas como nunca fazemos isso, não nos sentimos muito culpados.


Até a próxima!!

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