Nossa partida do Equador foi tranqüila e ainda bem, não cruzamos com nenhum bloqueio indígena. O mais próximo estava a uns 10 km em uma parte que já tínhamos passado. Que sorte!

Na Aduana conhecemos o argentino Mariano que está viajando com sua namorada numa Kombi até o Canadá. Cara maneiro e relax, está viajando sem pressa e não tem data nem previsão para voltar. Esse cara, possivelmente, é o único surfista de Corrientes, cidade argentina muito longe da onda mais próxima.

Estávamos na adrenalina para entrar na Colômbia. Conhecemos dois argentinos que conheceram uns austríacos que viajavam em seu farofamóvel e foram seqüestrados pelas FARC a cerca de 1 mês. Eles foram obrigados a assistir uma palestra da guerrilha e depois liberados. Um ônibus de turistas foi metralhado semana passada e houveram mortes...  Dá para viajar aqui, mas tem que ficar muito na atividade.

Entre a fronteira e Cali fica o trecho mais perigoso, depois disso fica menos pior.

A Colômbia é um país lindo e lembra muito o Brasil. Os colombianos são simpáticos e conversadores e  fisicamente parecidíssimos com os brasileiros.  

Nas estradas cruzamos com barricadas com soldados fortemente armados. Isso nos faz lembrar onde estamos a todo instante.

Cruzamos em uma ponte onde um grupo de aproximadamente 30 homens fortemente armados tomavam banho de rio.

 

Eles tinham um monte de fuzis e metralhadoras pendurados nas árvores e uns dois fora da água segurando umas 4 armas. O coração veio na boca e a Ana gritou:

-Acelera pelo amor de Deus!

-Caracaaaaaa!!!!!

E esgoelamos o Farofamóvel até a cidade de Pasto, fazendo curvas com apenas 2 pneus no asfalto.

Pasto é uma cidade onde existem muitas fazendas de café e fica perto de um vulcão.

Acordamos e nos mandamos cedo para Popayan. Esta cidade foi uma bela surpresa. Lembra muito Paraty. Uma cidade colonial com belas igrejas e construções históricas. Lá conhecemos o Jesus que contou que há 3 anos, para chegar lá, era certo ser atacado pelas FARC pelo menos umas 3 vezes. Eles confiscavam tudo, quando não seqüestravam. O bicho pegava mesmo. Graças aos índios equatorianos não passei por ali nessa época. Se tivesse seguido adiante... sei lá....

Voltamos para a estrada rumo a Cali e cruzamos por vários bloqueios militares fazendo um intenso controle.

Cali é uma cidade que e tem a parte bonita e a parte feia como toda metrópole. Fomos fazer a noite em uma avenida lotada de boates onde a música predominante é a Salsa. Todas tocavam músicas muito alto, parecia até uma disputa. Achamos o clima do lugar meio “bad vibe.” Tomamos umas  cervejas Club Colombia e fomos comer um hambúrguer de rua antes de dormir.

Foi aí que encostou um camarada em mim e disse:

- Me paga um hotel que acabei de sair da prisão e não tenho onde dormir.

- Não amigo, não.

- Me dá um presente então?

- Voce é maluco?

E ele ficou me olhando com cara de maluco mesmo. Nos sentimos como aqueles gringos perdidos que ficam “dando sopa” nas áreas perigosas de Copacabana e fomos embora dormir para partir cedo rumo a Bogotá.

Fizemos uma viagem de 8 horas sem paradas até Bogotá. Recorde da vida!!! Sem paradas e aquelas estradas sinuosas foram de matar. Cruzamos por ônibus coloridos que carregam as cargas dos passageiros pelas estradas.

Foi então que chegamos a Bogotá. Fomos direto para a parte Oriental da cidade que é a mais bonita. Ficamos impressionados como a cidade é moderna e bonita.

As casas e edifícios são em sua maioria feitos de tijolinho. Os edifícios comerciais seguem a arquitetura americana e as igrejas são lindas.

Fomos fazer a night na T Zone.  Caramba, a noite de Bogotá escova Buenos Aires e de Santiago do Chile. São diversos bares, restaurantes e boates, todas de altíssimo nível e lotadas.

Lugares caros com gente muito rica.  As pessoas são bonitas e parecem brasileiros super bem vestidos. Anote no seu caderninho:  “Fazer uma night na T Zone em Bogotá”

Comemos boa comida e drinks “cheios de sacanagem”. ..afinal, tomava um e ganhava outro! Falaram nossa língua!

A cidade tem diversos seguranças e todos tem um cachorro a tira-colo. Com certeza para farejar tudo que entra e sai.

As pessoas aqui sempre nos dão tchau, fazem sinal de jóia e freiam seus carros para analisar o farofamovel. Definitivamente carro do Brasil faz muito sucesso por aqui.

Bogotá é uma bela cidade que merece uma visita, sem dúvida e sem preconceitos.

E nossa viagem segue pelas “Rutas Colombianas”... e que o acaso nos proteja.

Comidas e bebidas maneiras

Ao passarmos a aduana colombiana já nos deparamos com algumas guloseimas vendidas em todas as estradas do país. Deparamos-nos com uma deliciosa caixinha de doce de leite com coco, simplesmente deliciosa!

O coco é muito usado nos doces daqui. Tanto é que não muito a frente, outro vendedor ambulante nos ofereceu umas “bolinhas” de coco que não podemos deixar de provar.


O café colombiano, considerado um dos melhores do mundo, é um dos produtos mais exportados do país. Cafeterias são muito comuns e é difícil tomar um café ruim por aqui. Para nós que já não agüentávamos mais o “chafé” do Peru e Equador está sendo uma delícia provar um café de cada marca que encontramos.

“La Ruta Del Café” situa-se ao centro do pais e é bastante visitada. Nós infelizmente não tivemos a oportunidade de conhecer, pois temos que seguir em frente, mas fica a dica para quem vier conhecer o país.


Passamos por Bogotá, uma cidade que nos surpreendeu bastante em relação à oferta de bares e restaurantes de primeiro mundo. Por lá bebemos e comemos especiarias de primeira, nada que não tenha no Brasil, mas não podemos deixar de mostrar ...
Bebemos o famoso drink Cosmopolitan, que ficou mundialmente conhecido através do seriado “Sex and The City”.

Uma bebida tipicamente feminina a base de vodka, cointreau, suco de limão e cereja. E também o ”Mojito” outro famoso drink..

 Este é composto por vodka, água com gás, limão, açúcar, hortelã e gelo. Leve e refrescante...


Para beliscar pedimos uns nachos ao molho de 4 queijos ...

E como prato principal um delicioso risotto al funghi. Ambos dispensam comentários!!!


À beira da estrada de todo o país são muito comuns as parilladas feitas numas barraquinhas... são como “fast food”, você para o carro e pede o que deseja do churrasco.

Normalmente é carne, milho e batatinhas.

 Não é muito barato, mas para matar as saudades de carne vermelha vale à pena.

Até!

Recados

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