"Aqui tem parques bonitos." |
Campo Grande faz jus ao nome. A sofisticada
rede hoteleira, que sobrevive da movimentada agropecuária, também atrai
visitantes por ser um dos portais para santuários ecológicos internacionais como
o Pantanal e Bonito.
Museu Dom Bosco -
também conhecido como Museu do Índio. Construído e mantido por missionários
religiosos, ele abriga o acervo mais rico da história natural e da cultura
indígena do Estado.
Cinco mil peças raras pertencentes às tribos Xavante, Bororó, Carajá, Moro e de
índios do Rio Uapés foram preservadas e expostas pelos padres salesianos. No
mesmo local, estão expostos objetos pertencentes à paleontologia, arqueologia,
etnologia e mineralogia, dentre eles fósseis australianos, italianos e
americanos de sete milhões de anos, pontas de flechas e pedras da época do homem
das cavernas e quase três mil animais empalhados. Outro museu interessante é o
de Ofiologia (67/787-3031). Ele é um serpentário que abriga uma assustadora
coleção de cobras comuns no Pantanal, como a jibóia, sucuri, cascavel e
jararaca.
"Legal." |
Solar dos Baís - também chamado de Pensão Pimentel. Este marco histórico da cidade
foi construído em 1913 por Bernardo Franco Baís, sendo o primeiro sobrado a
habitar a famosa Avenida Noroeste. Coberto por telhas de ardósia italiana, o
Solar de estilo neoclássico funcionou como pensão de 1938 a 1979, depois foi
recuperado, tombado e, desde 1995 funciona como centro cultural. Ao sair daqui,
se apresse e aproveite para conhecer o Museu de Arte Contemporânea
(67/782-2801), que fecha às 18 h. Nele, estão expostos mais de 40 telas do
início do século passado da família Baís e um vasto acervo de obras de grandes
nomes das artes plásticas do país, doadas por Pietro Maria Bardi.
Memorial à Cultura Indígena Campo Grande não perdeu as origens. Na pele colorida
dos indígenas, parece nítido o orgulho deste povo que cultua a forma de vida dos
antepassados. Para ver de perto como vivem os índios, conheça a primeira aldeia
urbana brasileira, o Conjunto Habitacional "Marçal de Souza", no Memorial da
Cultura Indígena, construído em bambu em forma de oca.
Nesta aldeia da cidade grande moram famílias que deixaram as matas e vieram de
tribos como Guarani, Cadiuéu, Caiuá, Terena, Ofayé e Xavante.
"Este é o Solar do Baís." |
Na Casa do Artesão -o mais famoso acervo de artistas do Mato Grosso do Sul, o artesanato indígena e o local dividem o mesmo espaço. Neste prédio de estilo neoclássico fundado na década de 20 você encontra sorvetes de frutas típicas como araçá, e bocaiúva, tapeçarias, bebidas regionais, tecelagem, trabalhos de arte sacra popular, plantas e ervas medicinais e artesanato das tribos dos índios Terena, que confeccionam objetos de madeira e cerâmicas decorativas.
Feira Barroarte - para adquirir o artesanato local. Se além de comprar produtos típicos, você deseja beliscar os quitutes da região, sua parada obrigatória é a balzaquiana e tradicional Feira Central, também chamada de Feirona, que funciona todas as quartas e sábados na Rua Abraão Júlio Rabe, onde todos conhecem. A feira, que há muito era apenas hortifrutigranjeira, hoje vende artesanato local e indígena, roupas, doces e a atraente culinária. A mais procurada é a japonesa, pois a feira é coordenada por esta comunidade de olhos puxados. Mas, a comida regional já se adaptou às influências do cardápio japonês, servindo espetinhos de carne com mandioca e sobás, sushis e companhia. Caso você queira uma noite agitada e conhecer o point dos boêmios, turistas e estudantes à luz da lua, já achou. A noite de Campo Grande acontece aqui mesmo, na Feirona.
"Visual do parque." |
Parque dos Poderes - aloja os poderes Executivo, Judiciário e Legislativo do Mato Grosso do Sul. No parque, quem quebra a austeridade política é o Palácio Popular da Cultura, onde sempre acontecem eventos culturais que agitam a cidade. Mas, não é só neste parque que o verde predomina. A cidade esconde matas e cascatas em parques e reservas e espalha pelas ruas centenas de exemplares de árvores centenárias que fazem a cidade respirar.
Dicas de GUSTAVO VIVACQUA |
1.Não se esqueça de tomar a vacina contra a febre amarela dez dias antes de
embarcar.
2.Não deixe de visitar o Pantanal e Bonito que são perto. 3.Para levar para casa um pouco da história e dos costumes do Brasil, nada melhor do que comprar iguarias na Feira Indígena de Artesanato, na Praça Oshiro Takemoto, em frente ao Mercado Municipal. 4.Experimente o pintado e o pacú, a carne de jacaré e o caldo de piranha ` |