"Esta é a Cordilera Blanca."

A Cordilera Blanca fica na região do Callejón de Huaylas, com 180 Km de extensão,  um conjunto de imensas montanhas geladas, onde está o segundo maior pico da América do Sul, com 6768m!A palavra Callejón  significa corredor e traduz bem a geografia do local. Paralelamente existe a Cordilera Negra , que recebeu este nome devido à ausência de neve em seus picos.
Entre elas formou-se vale  onde algumas pequenas cidades prosperaram, em especial Huaraz, o maior centro turístico da região, com 80 mil habitantes.

Huaraz é a maior e mais alta cidade da região de Callejón de Huaylas, a 3100 e tem montanhas como vizinhas: a oeste a Cordilheira Negra e a leste a Branca. A principal avenida é Luzuriaga, onde encontram-se quase todos os bancos da cidade, as agências de viagem, o comércio em geral e também a Plaza de Armas. 0 centro ocupa a área desta avenida e mais duas ou três ruas paralelas a ela.



A região do Callejón de Huaylas é habitada há mais de 12 mil anos. Aqui prosperou a cultura Chavin, hoje um dos mais ricos sítios arqueológicos de culturas pré-colombianas existentes. Os espanhóis alcançaram esta área em meados do século 16, porém pouco restou do período colonialista. Sucessivos terremotos abalaram a região, mais recentemente o de 1970, devastando cidades inteiras e matando mais de 70 mil pessoas. Em Huaraz, apenas uma rua sobreviveu à catástrofe, a Calle José Olaya, que ainda guarda um pouco da arquitetura colonial. 0 restante da cidade foi reconstruída e hoje vive do turismo em torno da Cordilheira Branca - incluindo os fantásticos lagos andinos, as geleiras e as diversas opções de trilhas, além das ruínas e dos banhos termais.

Com sua elevada altitude, Huaraz possui temperaturas bastante agradáveis no verão, entre meados de outubro e o final de abril. Os dias, porém, são normalmente nublados à tarde, e pancadas de chuva são freqüentes. No inverno, que ocupa o restante do ano, o frio se intensifica, principalmente durante a noite. Nessa época, dificilmente avista-se nuvens no céu, incrivelmente azul, e o ar fica bastante seco.

"Ninguém à vista"

As altas e baixas temporadas são bem definidas em Huaraz e o preço das hospedagens acompanha tais mudanças. Durante os meses de junho, julho e agosto as diárias dos hotéis sobem consideravelmente, podendo até dobrar. As melhores opções encontram-se a poucas quadras do centro, onde o barulho incessante das buzinas dos taxistas não incomoda. Os preços abaixo são todos de baixa estação; espere um acréscimo durante a alta.
 

Atrações:

Parque Nacional Huascarán -  Criado em 1975, abriga e protege um dos segmentos mais impressionantes dos Andes, a Cordilheira Branca. Estendendo-se por mais de 160 Km e chegando a 20 Km de espessura, nesta área de 340 mil hectares elevam-se mais de 30 picos que ultrapassam os 6 mil metros de altitude, quase todos cobertos de neve o ano inteiro. As magníficas paisagens exaltadas pelo profundo azul do céu e as diversas trilhas existentes nas montanhas chamam milhares de turistas em qualquer temporada do ano. A maioria contenta-se apenas em visitar as lagoas , mas se você quer passar dias caminhando ou escalando existem algumas das mais altas montanhas do planeta, como o próprio Huascarán(6.768m), a segunda maior montanha da América do Sul, atrás apenas do Aconcágua (6.960m). Além disso, uma série de outras atividades pode ser praticada no Parque, mo cavalgadas, mountain biking, parapente, entre outros. Com sorte, ainda é possível observar exemplares de fauna andina como vicunhas, veados, condores e até pumas.


Ruínas de Wilcahuaín A 8 Km ao norte da cidade, normalmente com guias disponíveis no local h, e somente com eles tem-se acesso ao interior da ruína.  Da esquina das ruas Comercio e Caraz partem vans que fazem o trajeto por s11, normalmente superlotadas. Essas ruínas consistem em duas construções. A principal, chamada de Grande, é uma espécie de pirâmide de três andares com quartos escuros e teto baixo, onde cerimônias religiosas e sacrifícios de animais eram praticados por membros da cultura huari, que ocupou a região em 1 -000 d.C.

"Vicunhas"

Chavin de Huántar A cultura chavín teve grande importância, de 1.300 a.C a 400 a.C., influenciando povos que habitavam desde regiões próximas, como a que é hoje a
fronteira com o Equador, até regiões na costa sul do país. Em Huántar encontrava- se o centro deste povo. A "cidade" era composta de 14 galerias construídas nas bases aplanadas de uma colina, das quais apenas quatro estão abertas para visitação. Havia ainda uma pirâmide, que representava toda dualidade recorrente entre os chavín e uma série de canais que traziam água naquele tempo. Várias agências de turi'mo/L-m Huaraz oferecem tours de um dia paira as ruínas, incluindo guia

Banhos de Monterrey A 7 Km de Huaraz está o vilarejo de Monterrey, em que banhos termais relaxam viajantes cansados após longas caminhadas pela Cordilheira Branca. As piscinas maiores não são tão quentes quanto as banheiras privadas, mas ambas valem ser experimentadas. Não se assuste com a coloração marrom da água, os minerais são os responsáveis. Ônibus partem da esquina das avenidas Luzuriaga e Raimondi e custam s/1,75. Os banhos funcionam todos os dias, das 7h-18h. A entrada é de s/3,50 para as piscinas grandes e o mesmo valor para as banheiras privadas. Há vestiários individuais onde você pode deixar seus pertences e o uso de um cadeado é recomendável.

"Bacana..."

Lagoas de Llanganuco - fica  de 6,0 Km norte de Huaraz. São 2 lagoas ao p o Huascarán e um dos pontos mais visitados dentro do Parque. A maior delas, Chinancocha está a 3.850m de altitude e tem 28m de profundidade de águas extremamente azuis, onde é possível remar em pequenas embarcações de madeira. Mais acima, a Lagoa Orconcocha, apesar de não ser navegável, não é menos interessante. A maioria dos passeios para as lagoas parte de Huaraz, dura um dia inteiro.

Glaciar de Pastoruri  -  60 Km ao sul de Huaraz. Um divertido passeio a uma bela geleira, que não requer nenhum equipamento especial para ser percorrido, apesar de estar a 5.240m de altitude e cansar facilmente os menos preparados e aclimatizados. Normalmente passa-se uma hora na neve visitando grutas e túneis de gelo. No verão, as chuvas podem dificultar ou impossibilitar o acesso ao glaciar. Tours completos, partindo de Huaraz, duram um dia inteiro.

"Esta é a nascente de um rio caudaloso."

Museo Arqueológico de Ancash Av. Luzuriaga 762, aberto durante a baixa temporada 0 museu foi criado em 1935, porém muito de sua coleção original foi perdida no terremoto de 1970. Cinco anos mais tarde, foi reaberto em sua atual localização, e é hoje o melhor museu da cidade, com interessantes peças da cultura chavín e uma réplica em tamanho real do túmulo do S&íor de Sipán, um imperador inca encontrado há 14 anos nos arredores da cidade de Chiclayo e considerada uma das principais descobertas arqueológicas do último século. Vale uma rápida visita.


Mirador Rataquenua-  dá para ir de carro ou taxi, você pode caminhar cerca de 1 hora e meia partindo da Av. Confraternidad internacional Este, apesar de o lugar não ser exatamente seguro. Procure subir durante as primeiras horas da manhã, principalmente no verão, quando o céu normalmente está mais limpo e é possível admirar ambas as cordilheiras, Branca e Negra, além de toda cidade de Huaraz.
 

Dicas de GUSTAVO VIVACQUA

1.A cidade de Huaraz é o ponto de partida e lá existem agencias de turismo que oferecem os passeios e guias.

2.Um guia é uma boa, pois não existem muitas placas.

3.A cidade tem vários hotéis, mas como a maioria das cidades pequenas peruanas não tem nada para fazer de especial. Acredito que 3 dias são o suficiente para ver tudo.

4.O Parque Nacional Huascarãn é a visita principal e não da para deixar de vistar as lagoas de Llaganuco e o Glaciar de Pastoruri. Quem entra no parque por apenas uma dia paga cerca de 2 dolares e se quiser sair da cidade com transporte e guia é cerca de 10 dólares. É possível alugar um carro também e ir por conta própria.

5.As Ruínas de Wilcahuan ficam a 8km da cidade e valem a visita também.

 

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