Viagens Maneiras começou como um blog de turismo em 1998.
No ano 2000 fomos um dos primeiros sites com um sistema de vendas de pacotes turisticos personalizados.
Em 2001 tinhamos o maior acervo de videos desenvolvidos para internet em streaming de turismo no Brasil com mais de 200 destinos.
Em 2002 desenvolvemos um sistema de reservas integrado de hoteis, pousadas, casas para alugar e campings. Recebiamos mais de 7000 solicitaçoes de reserva por dia.
Em 2005 recebemos uma carta do Google elogiando nosso desempenho no Programa Adsense e um codigo personalizado pela propria empresa.
Em 2006 fizemos o canal wap de turismo dos celulares TIM com informaçoes turisticas, alem da relaçao de hospedagem e videos.
Em 2008 decidimos planejar uma volta ao mundo de carro e transformar o Tapa, personagem central do site, no cachorro mais viajado do mundo.
A viagem durou de 2009 a 2011 e virou um documentario de TV no canal TLC (Travel and Living Channel) da Discovery Channel nos anos de 2013 e 2014. O programa teve uma versao em portugues e outra em espanhol e passou em toda a America do Sul, Central, Caribe e Mexico.
Em 2016 o site passou por uma atualizaçao e nos preparamos para novos desafios.
Programa de TV no canal TLC Discovery no Brasil, America do Sul, America Central, Mexico e Caribe
Coreia do Sul, Tailandia, Uruguai e chegada no Brasil
Turquia, Bulgaria, Romenia e Alemanha
Siria, Jordania, Iran e Turquia
Italia, Vaticano, Grecia e Turquia
Monaco, Italia, França, Suiça, Luxemburgo, Belgica e Inglaterra
Lituania, Polonia, Austria, Hungria, Eslovenia e Italia
Dinamarca, Suecia, Noruega, Finlandia, Estonia, Letonia
Portugal, Holanda e Alemanha
Venezuela, Colombia e Estados Unidos
Preparacao e saida do Brasil, Argentina, Chile e Peru
| PALESTRAS |
Fazemos parte do banco de palestrantes da Palestrarte, ao lado dos maiores nomes do segmento.
Leve a palestra do cachorro mais viajado do mundo para sua empresa!
Tópicos:
.:. Objetivo
.:. Diferenciação
.:. Sonhos X Realização
.:. Planejamento
.:. Assumindo riscos
.:. Adversidades no caminho
.:. Gerenciamento de crises
.:. Objetivos intermediários
.:. Determinação e superação
.:. Aprendendo com o novo
.:. Respeito às diferenças
.:. Foco no objetivo final
Preparando a moto
Um dia comprei uma moto....
Eu a adorava. Mas ela tinha um problema... nao dava para levar meu amigo, o Cachorro Tapa, nela.
Depois de uma pesquisa decidi acoplar um sidecar.
Logo descobri que o projeto original nao caberia o conteiner de viagem do Tapa.
A solucao foi cortar o sidecar no meio.
Deu certo!
Depois tive que instalar uma marcha ré na moto. A moto é pesada demais e é uma mudança necessaria.
Mas a minha ignorancia motociclistica esqueceu de retirar o guidon seca-suvaco.
E, claro, com a pressao do sidecar, ele quebrou.
Desenvolvi um projeto onde o sidecar vira uma barraca bem grande e espaçosa.
Assim podemos dormir em qualquer lugar.
Fizemos os testes, e tudo funciona! 
Dei um beijo de tchau na minha olhuda. Nessa viagem, infelizmente, ela nao vai poder ir. 
A moto estava prontinha para partir. E o Tapa tambem!
Pegamos a Rio Santos em direçao ao sul.
Subimos a Tamoios e dormimos em Atibaia.
Quem me dera que as estradas do Brasil fossem todas como os "autoramas" paulistanos...
ù
Caimos na estrada logo cedinho.
Demos uma passada em Itu e matei uma vontade antiga, que era ver o orelhao gigante.
Muitas retas e poucas paradas foram o resumo do segundo dia.
Dormimos na estrada perto de Botucatu...
No terceiro dia, começamos a viagem por lindas estradas secundarias...
... e em seguida voltamos pros autoramas paulistanos. Sem duvida, as melhores estradas do Brasil.
Na primeira parada, o posto tinha um canil de animais para serem doados. A cara de tristeza desse cachorro da portinha era de partir o coraçao. Se eu pudesse, levava todos.
O Tapa nem sempre pode sair do sidecar, porque tem uns cachorros esperando ele para brigar. A soluçao é achar outro posto para ele fazer um xixizinho.
Paramos para dormir em Botucatu.
Seguimos viagem no quarto dia, entrando no Estado do Parana. Essa foto eu recebi pela internet!
E começou a chover. Parei no posto para colocora a calça de chuva e na sequencia para uma galera de motociclistas de Maringa. Galera maneira. Eles estavam indo para Puerto Iguazu para um encontro.
E eles me passaram como uma bala rumo a fronteira.
Dia chuvoso e com nevoeiro. Foi o dia que andamos mais. Uns 600 kms. Paramos a 50 km de Foz por causa da chuva super forte. Vamos que vamos!
​
Na estrada cruzamos com uma galera do Abutres Moto Clube e nos chamaram para um encontro regional deles. Galera do Parana e do Paraguai.
Caras maneiros como o Ganso e Lipi.
Fomos super bem recebidos pela rapaziada. Tenta achar o Tapa nessa foto! Ele ta ai!!!
As motos sao todas pretas. Essa exigencia é obrigatoria para entrar no clube.
Chopp Brahma a 1 real!!!! , comida liberada, galera engraçada com muita estoria para contar e som pesado.
Nao podia ser melhor!! 12 horas de festiva!!! Molhei a goela para valer!!!!
Tapa tambem fez novos amigos!
Valeu Abutres!!!! A gente se ve pelas estradas!!!!!
Domingo de chuva pesada e ressaca braba.
Ate Deus descansou no setimo dia...
... mas a gente é mais vagabundo e descansou no sexto mesmo! 
Dia de resolver a chata papelada do Tapa. Veterinario, Ministerio da Agricultura, carimbos e mais carimbos.... Se voce pensa que viajando voce vai conseguir fugir da burocracia, infelizmente voce esta redondamente enganado. 
Batemos um rango no Capitao Bar e o gerente logo reconheceu o Tapa. Disse que gravava todos os programas! 
. Deu uma sopa de inhame com carne seca super gostosa de presente pra gente.
Cruzamos com o Cachaço, de Ilhabela. Estava voltando de Assuncion com a patroa e sua Harley. Peguei dicas preciosas com ele. Cara maneiro.
​
No dia de cruzar a fronteira tinha uma manifestaçao na Ponte da Amizade a favor da Dilma e so consegui cruza-la as 2 da tarde.
Enrolei o cabo para a viagem render alguma coisa.
Como nao tinha nenhum guarani no bolso e os postos nao aceitavam cartao de credito, tive que usar a gasolina reserva para continuar a viagem.
A estrada me surpreendeu e é bonita, com largas faixas de grama em ambos os lados.
Consegui viajar ate General Ouviedo que é na metade do caminho para Asuncion.
Chegando la, conheci no estacionamento do hotel 3 caras. Jesus, Fabio e Fernando que me arrastaram pra night.
Festa da pesada em plena quarta. Era da Faculdade de Agronomia da cidade.
A cerva custava apenas 2 merreis, e nao consegui parar de experimentar a tal da Ouro Fino.
Com fome de bebado fomos devorar algum dejeto depois da festa. Eu juro que nao lembro o que comi, mas lembro que gostei.
Amanha a gente continua a viagem até Assuncion!
Dia de seguir adiante rumo a Asuncion
Cruzamos com carros de bois...
... e maquinas agricolas. Alem de muuuuita chuva.
No pedagio o sidecar caiu em um buraco. A sorte é que nao quebrou nada. Um monte de motoqueiro parou para ajudar. Coisas que so acontecem com motociclistas. 
Se fosse carro, nego parava para tirar foto!
Chegamos em Asuncion e nos jogamos no Hard Rock Café.
Enquanto tomei meu chopp o Tapa chupou um balde de gelo.
Assim que fomos passear em Asuncion , fomos direto no tadicional Bar Lido tomar a cerveja paraguaia Pilsen e comer alguma comida tipica. Pedi um lomito ao 4 queijos, porque achei o nome bonito, mas veio estrogonofe... Tava bom mas nao era isso que eu queria comer.
Como eu nao tinha o mapa do Paraguai no GPS, andei pela cidade no boca a boca mesmo. Foi bom para lembrar como era antigamente... so no feeling.
Conheci o croata Sena, da cidade de Rijeka. Cara maneiro, me apresentou varios sons alucinantes croatas. Som bacana mesmo.
E partimos de Asuncion em direçao à fronteira argentina...
Na fonteira muita burocracia e algumas fotos.
A estrada muda, agora é muito boa, mas o acostamento é de grama, por isso a atençao é redobrada.
Tapa vai na caixinha dele tranquilo, roendo um osso de couro.
Dormimos em Formosa, uma cidade argentina bem arrumadinha.
Acordamos em Reconquista e descemos rumo ao sul pela Ruta 11
Cruzamos os pampas Argentinos.
Regiao alagada com visuais incriveis.
Dormimos , depois de longas retas em San Justo.
Partimos em direçao ao oeste argentino, rumo aos Andes e ao Pacifico.
Tapa viaja tranquilo na caixinha dele. Ele se adaptou bem
Vimos muitos campos alagados e casas submersas no caminho.
Viajamos por estradas secundarias, passando por diveras vilas sem ninguem.
Terminamos o dia em San Francisco e descansamos o esqueleto por la mesmo.
Comecei o dia todo maroto. Eu achava que a ia andar um bom pedaço hoje...
... mas o destino tramou um enredo diferente.
Os rolamentos da rodinha do sidecar superaqueceram, perderam a lubrificaçao e foram moidos 
Ainda bem que trouxe um estepe!
Acabei o dia consertando a roda quebrada em Sacanta.
Acordamos cedo e partimos rumo a oeste.
A cada parada nos postos, a moçada pede para tirar foto da moto.
Alguns exageram e sentam nela 
E seguimos viagem cruzando uma represa...
...em um lago recheado de curvas fechadas.
E chegamos em Villa General Belgrano.
Vila alema, terra da cerveja, do chocolate e da gastronomia.
Cheguei exausto e pedi logo uma comida alema de primeira.
Um lugar que lembra muito Campos do Jordao....
... e Blumenau.
Acordamos e fomos dar uma passeio no rio que corta a cidade.
Ele é lindo e realmente parece que estamos na Europa.
Um lugar de respira paz e tranquilidade.
O Tapa se amarrou e deu uns mergulhos.
Depois montamos na motoca e nos mandamos.
Subimos a serra em direçao à La Cumbrecita num frio de rachar os ossos.
E chegamos na linda La Cumbrecita.
Fui direto molhar as palavras com cerveja artesanal local .
Um lugar tranquilo e bucolico que merece ser visitado.
Um lugar onde os carros sao proibidos de rodar. Lembra muito Visconde de Maua.
Apenas uma ponte separa La Cumbricita do resto do mundo.
A cachorroda anda solta por todos os lados.
Tapa, claro, fez novos amigos.
A agua é cristalina e da para beber. Uma semana antes estava nevando por aqui.
Mas o tempo nao para e ja estava na hora de partir.
Passamos por lagos de agua doce que lembravam Angra e Paraty.
Paramos para comer e o Tapa foi reconhecido pelo Ciro. Ele e sua esposa viram todos os episodios do programa na TV e conheciam varias enrrascadas do cachorro do fedorento. Sabiam detalhes engraçados do programa. 
Um pouco mais adiante o rolamento do sidecar quebrou denovo! E o estepe foi usado novamente. 
Chegamos no fim de tarde em Rio Cuarto e fomos comprar rolamentos novos para a rodinha do sidecar.
Exaustos, apagamos. Amanha é dia de dar um jeito na motoca.
Dia de fazer uma manutençao na moto em Rio Cuarto.
Os milhares de kms rodados na estrada começaram a causar desgastes.
Em vez de borracheiro fui direto em um cara que entende de motos, e acabei na oficina do Juan.
Alem de motos, o cara faz esculturas de ferro como o Angus Young ai em cima...
... e literalmente, cavalos de aço.
E começaram os trabalhos...
Foi cortada a rosca da roda que estava espanada e foi soldada uma nova.
O borracheiro apertou demais a roda e estava arrebentando os rolamentos rapidamente.
Foi um dia inteiro de trabalhos ao som de rock n roll.
Tapa esperou pacientemente na caixa dele.
Valeu Juan! Salvou brother!
Amanha, novamente, teremos mais estrada!
Dia de pegar a estrada e testar o sidecar.
Ainda bem que deu certo e ele esta otimo!
Parei no supermercado para comprar comida pro Tapa e na volta para a moto estava uma rodinha de curiosos.
As perguntas sempre sao as mesmas: De onde és? Pra onde vais? Qual o ano da moto? Quantos dias de viagem? Se estou viajando sozinho? Quantas cilindradas tem a moto?
Sempre acabo coversando com umas figuras engraçadissimas que falam coisas muito gozadas que acabam em gargalhadas.
Gosto dos argentinos. Sao pessoas agradaveis.
Os postos de gasolina sempre tem um monte de cachorros.
No Brasil tambem é assim, mas aqui é 4 vezes mais.
Paramos para dormir em San Luis, satisfeitos com o desempenho do sidecar.
Partimos para "La Ruta" novamente.
Nessa regiao o cenario muda completamente.
Começa a area desértica e as enormes vinicolas aparecem ao longo da estrada.
Aqui sao produzidos alguns dos melhores vinhos do mundo.
E chegamos, enfim na cidade de Medoza.
Um cidade grande com bairros arborizados.
O bacana dessa cidade é que foram construidas calhas ou drenadores em quase todas as ruas. Como fica numa area desertica, a agua que chega na cidade vem do degelo dos Andes.
Terminei o dia comemorando com uma Cerveja Imperial Negra a chegada aos pés dos Andes.
E fomos dar um role em Mendoza.
A Farofatoca ficou no modo "conversivel" pro Tapa curtir.
Levei ele para passear no parque principal da cidade.
Ele, claro, se esbaldou.
Apesar de estar em uma area desertica, a cidade é um oasis arborizado.
Vale muito a pena cair na noite na Avenida Villa Nueva , cheia de restaurantes e bares maneiros.
E partimos rumo aos Andes.
De longe tivemos nosso primeiro contato visual com a neve eterna da cordilheira mais famosa do mundo.
Era feriado nacional e o pessoal da cidade foi curtir uma praia de rio.
Cruzamos trilhos para chegar em Potrerillos . Rimou!
Tapa estava na moda, de casaco.
Pegamos o caminho errado....
... e acabamos em um lugar super bonito.
As vezes o errado da certo.
A moçada estava se divertindo por ali.
Mas era hora de partir e arrumar um pico para dormir.
Paramos agora, no lugar certo . A represa de Potrerillos.
Alugamos a cabana da simpatica espanhola de Barcelona, Maria.
E naquela noite, eu e Tapa jogamos nos velhos esqueletos em uma cama quentinha.
E chegou a hora de subir os Andes.
Depois descer e chegar em Santiago do Chile. Pelo menos, essa era a ideia.
A neve começou a ficar cada vez mais e mais perto.
As dimensoes de tudo em volta é impressionante.
As paradas para curtir o visual sao constantes e obrigatorias.
Cada curva apresentava novas surpresas.
Até que chegamos em Puente del Inca...
Embaixo funcionava um hotel de aguas termais...
... mas uma avalanche destruiu tudo e so sobrou uma capela.
Ficou tarde e frio e acabamos dormindo isolados em um abrigo de montanha da regiao.
Acordamos naquele pedaço de planeta isolado e fomos para a estrada.
Mas logo percebi que a marcha re quebrou!
Paramos a motoca para resolver o que fazer...
... bem na frente do cemiterio dos alpinistas que perderam a batalha para o Aconcagua.
As botas ficam penduradas em seus tumulos e é bem triste.
A grande maioria é de aventureiros de todas as partes do mundo.
O que vamos fazer, Tapa?
Subir mais seria arriscado e a moto poderia quebrar e nao andar mais...
... imagina, naquele frio, no meio do nada!
Demos umas paradas para refletir.
Recuar ia ser dolorido demais.
Mas era o que o bom senso mandava.
Consertar aqui seria impossivel.
Voltamos 100km para Uspallata e resolver o que fazer no dia seguinte.
-
No dia seguinte acordei com uma voz dizendo la no fundo da alma:
-Vai arregar, meu irmao? Vai arregar? Veio ate aqui pra voltar?
A responsabilidade nunca foi meu forte, e liguei o foda-se.
Ratos do Porao na caixa de som e enrolei o cabo.
Quando eu olhava para onde a seta do gps apontava, nao vou enganar nao, mas dava um medo danado.
A temporada de nevascas começa na segunda quinzena de maio e ja estavamos praticamente em junho!
A gente ia subindo e a piripoca começou a piar.
Se a motoca quebrasse a gente tava ferrado.
Tudo cada vez mais branco e eu so tinha meu casaco da moto, uma bota permeavel e uma camisa de flanela.
Nada mais! Apenas chinelos, camisas de verao e cuecas.
Como eu diria para minha olhuda... :
- Eu sou um filho da puta mesmo.
Essa passagem ficou uma semana fechada por causa da neve e hoje era o segundo dia que estavam deixando passar pela aduana. Eu tinha que aproveitar.,
Claro que atolei na neve. Eu precisei da ré, mas ela estava quebrada.
Começou a nevar! Sai dali no braço mesmo... no desespero. Foi foda.
Deu tudo certo e entramos no Chile e passamos por Portillo.​
E chegamos nas famosas Caracoles.
Dezenas de curvas fechadas que te levam para a base dos Andes.
Se voce perder o freio na curva, voce morre de fome antes de chegar la embaixo!
Acordamos em Los Andes com chuva e partimos para Santiago.
Ficamos em Los Condes, a parte mais moderna da cidade.
Exaustos, ficamos por ali mesmo esperando a chuva passar...
... curtindo da varanda, o visual dos arranha-ceus que se pareciam com os de Hong Kong.
O tempo melhorou e levei o Tapa no veterinario para acertar os documentos dele.
De Santiago da para ver os Andes com seus picos nevados de longe.
Tapa deu uma passeiada pelo parque Araucano...
... um dos principais da cidade.
Dia de fazer a manutençao na moto.
Trocamos o pneu dianteiro que ja estava totalmente careca.
Fomos recebidos pelo Tomas. Cara maneiro e receptivo. Fala e entende portugues porque ja morou em Floripa. Ele tem um bar catarinense que nao vende por nada desse mundo. Sua familia tambem é dona de Harley da Argentina.
Aproveitei para trocar o oleo e o filtro.
A marcha ré so vou poder consertar no Brasil com o fabricante. Pelo menos, pra frente, a moto ta andando bem!
De noite dei uma passeada pela cidade e fiquei impressionado como a cidade ficou moderna nos ultimos 10 anos. Ta parecida com Los Angeles.
Partimos de Santiago rumo ao Vale Nevado.
Depois de subirmos dezenas de curvas super fechadas chegamos na neve.
Cruzamos cachoeiras congeladas...
... bonito demais.
Mas tinha gelo na pista e a moto comoceu a patinar.
So dava para subir mais com correntes nos pneus.
Apenas 3 curvas para chegar no topo!
Partimos entao para Vina del Mar, nosso proximo destino.
Chegamos em Vina del Mar.
A cidade dos predios em forma de escadas.
As placas sugerem que dormir em frente ao mar pode nao ser uma boa ideia.
Levei o Tapa para ver um bicho que ele nao ve a muito tempo...
... os leoes marinhos.
Estavamos enfim no Oceano Pacifico!
Dia de chuva forte em Vina del Mar.
Os chilenos falavam que essa chuva ia ser foda ha mais de 5 dias!
Ver a Casa do Pablo Neruda, que nada!
Fui tomar cana no Pub Cafe Journal!
E segui viagem pelas belas paisagens chilenas.
Mais a frente conheci Rouco, do motoclube Caballeros Negros e seguimos viagem juntos.
Paramos nos Mandingas MC para ele dar uma olhada no velocimetro da moto dele.
Mandinga significa capeta.
A sede é bem maneira e foi feita em um bar antigo que parece os de cowboys.
E foi bem ali que meu GPS saiu fumaça e parou de funcionar. 
Sorte a minha, porque ali estavam Pyroo e seu irmao que sao feras em eletronica.
Enquanto isso eu tomava cana com os Mandigas...
... comia e ouvia estorias. Os caras sao bem maneiros!
Pyroo ficou umas quatro horas consertando o GPS.
Abriu o GPS umas 3 vezes, soldou e re-soldou.
Nao desistiu até resolver.
A umidade e a chuva tinham danificado os circuitos.
Mas o cara era fera e consertou! Que sorte cruzar com ele!
Comida, cerveja e GPS consertado na base da camaradagem.
Isso sim é o motociclismo positivo! - Como dizia Rouco.
Depois Rouco me levou para dormir na casa de Cheo, o presidente dos Caballeros Negros e da Associaçao Zona Sur de Chile de Motoclubes.
O cara é referencia no Chile no mundo das motos.
Tomamos vinho até de madrugada ouvindo estorias alucinenantes.
Cheo manda seu recado de apoio ao motociclismo nacional e internacional.
Acordei e segui pela gelada ruta chilena...
... cruzando os famosos vinhedos da regiao.
Rumo a sede dos Caballeros Negros de Chillan.
La fui recebido com churrasco de primeira pela moçada.
Experimentei as prietas que sao linguiças de sangue. Classe A!
Comida boa, papo maneiro e pessoas hospitaleiras.
Isso resume o Chile!
Os Caballeros Negros liberaram a sede para eu e Tapa dormirmos por la.
Cama e banho quente.
Voce nao imagina a importancia disso no inverno gelado do sul do Chile.
Fui dormir zarolho depois de beber vaaaarias com Kuaker e Pinto do Cabezas Rotas Motoclube.
E la fomos nos em direçao às Termas de Chillan.
Passamos por quintais muito suculentos.
O recado era bem claro na subida.
Foda-se.
E chegamos nas famosas Termas de Chillan!
Com hoteis, spas, piscinas e pistas de ski.
Tapa, o cachorro brasileiro farofeiro, foi rolar na neve, comer neve, jogar neve pra cima.
Ele sempre faz isso quando ve neve.
Achei uma cenoura e fiz um boneco de neve pro Tapa destruir.
Riachos de agua fervendo cortam a neve...
E abastecem piscinas artificiais a 40 graus!
Quem disse que minha bermuda nao serviu pra nada? Raaaa!
Fiquei na piscina ate me sentir um ovo poche.
Aquecidos fomos catar um lugar para dormir na base da montanha.
Acordamos com a moto congelada.
Nao é facil colocar a bunda num banco deste! 
Sem delongas nem xurumelas partimos em direçao ao sul do Chile.
Algumas centenas de kilometros depois chegamos a Temuco, uma cidade sem atrativos.
Nenhum atrativo : fazer o que, fazer o que , fazer o que?
Cana no pub, claro!!!
Enrrolamos o cabo até Pucon.
A charmosa cidade que fica aos pés do Vulcao Villarica...
... e na beira de um belo lago.
Exaustos , procuramos um lugar para dormir e apagamos.
Dia frio pra cacete...
... e fomos subir o vulcao.
A estrada estava em péssimas condiçoes e conseguimos chegar até a base do Villarica.
Este é o vulcao mais ativo do Chile e ele entrou em erupçao ano passado.
Quando chegamos na base ele começou a cuspir fumaça!
Que "meda"!
La de cima tem um belo visual do lago.
Descemos e fomos na beirinha tambem.
E de tarde o vulcao ficou rosa com o por do sol.
Partimos de Pucon em um dia de frio de matar!
Cruzamos os lagos rumo ao sul do Chile.
De longe o Villarica fica ainda mais bonito.
Paramos no vilarejo de Villarica, mesmo nome do vulcao para almoçar.
Partimos rumo a Frutillar.
Acordamos em Frutillar.
Provavelmente o lugar mais bonito da viagem até o momento.
Sentamos na orla e ficamos curtindo o vulcao Osorno.
Frutillar é um pequeno vilarejo...
... onde reina a paz.
.
Bonitinha e organizada como toda comunidade alema.
Dia de pegar a estrada novamente.
Agora o rumo era Puerto Octay.
Essa estrada é um espetaculo!
Cruzamos toda aquela zona rural...
... com aqueles picos gelados como pano de fundo.
E chegamos quase a noite no vilarejo, depois de comer um cordeiro patagonico fantastico.
O Osorno é sempre visivel de qualquer lugar, de tao enorme que ele é.
Dormimos solitarios em um velho hotel de 1882.
Me senti no filme O Iluminado.
Dia de abandonar aquele visual absurdo e partir para a Argentina.
La atras da Cordilheira dos Andes...
Durante a travessia dos Andes acabou minha gasolina! Pane seca, caceta!
Ainda bem que eu ainda tinha 10 litros de gasolina brasileira no galao pequeno que fica na traseira da moto.
Tanque com gasolina e chegamos na Argentina!
Acordamos em Vila La Angustura.
Pertinho de Bariloche, so que bem mais interessante.
Lagos lindos e cristalinos acompanhados de picos gelados.
Sao centenas de praias, uma mais bonita que a outra.
Dei molesca curtindo o visual e peguei a estrada tarde rumo a San Martin de Los Andes.
Frio de rachar os ossos, noite escura e curvas fechadas.
Perrengue total.
Estavamos em San Martin de Los Andes.
Visita obrigatoria para quem esta na regiao.
Comemos e partimos rumo ao Oceano Atlantico.
Pablo, o dono do restaurante, era motociclista e recomendou um caminho sem transito, um pouco mais longe.
Caminho deserto com varios guanacos.
Estrada entre nada e lugar nenhum. Muito, muito nada pela frente.
Dei molesca novamente e peguei quase duas horas de noite e frio absurdo.
Era mais longe que eu pensava.
Burro tem que se foder mesmo!
Acordamos em Zapala. Cidade feia no meio do nada.
Paguei mais de 170 dolares para dormir e a cidade toda estava sem gasolina por causa de um bloqueio na estrada.
Que merda de lugar!!! Zapala vai tomar no cu!!!! Até nunca mais!!!
Mas a Farofatoca tinha dois galoes com gasolina e partimos rumo ao proximo buraco no deserto.
De longe vi que Zapala tinha uma montanha nevada ao fundo. Menos mal.
Depois disso a nota da cidade subiu de Zero para 3.
Dormimos no meio do nada.
O lugar nem tinha nome.
O braço nao aguentava mais.
O sidecar estava pesado demais!
Parei no borracheiro e pedi ajuda para regular a inclinaçao da moto.
Melhorou muito!
Proximo buraco! Ai vamos nos!
Acordamos em Bahia Blanca.
Comi um churrasco de primeira num lugar chamado Parrilla del Mondo.
Depois de rodar muuuuuito o deserto virou pampa. Vamos que vamos!
Paramos em um lago lindo para fazer uma farofa...
... e o Tapa dar a nadada dele.
Mais pampa pela frente.
O visual desse interior é o mesmo até o Rio Grande do Sul.
Tudo reto, muuuuito espaço... é o pasto de gado mais perfeito do planeta.
Parei na estrada para comer uma parrilla daquelas!!!
Até esse dia eu achava que nao gostava de carne de porco.
A moto continua inclinando pro lado do sidecar.
Parei para regular a bicha novamente.
Acordamos em Buenos Aires e fomos dar o nosso rolé.
Recebi esse video enviado por whats up pelo Osvaldo, um argentino gente boa que conheci no transito.
Tapa foi pela terceira vez no Puerto Madero. Com cerca de 8 meses de vida, com 5 anos e agora com quase 11 anos.
Sem muitas delongas...
... entramos no Ferry-boat e partimos para o Uruguai.
Nossa primeira parada no Uruguai foi em Colonia do Sacramento.
Um cidade bonitinha que lembra muito Paraty.
Ja passamos por ali algumas vezes.
Depois de comer uma cotela com pire de maça sensacional...
... partimos para Montevideo antes do por do sol.
Demos nossa voltinha barulhenta pelo centro de Montevideo.
Sempre viajo em um prédio que parece de Gotham City.
Mas este é o Palacio Salvo e foi desenhado por um italiano em 1928.
Nesse dia senti a motoca inclinar e puxar pro lado do sidecar novamente.
Percebi que o chassis do sidecar tinha rachado! Ferrou!
Tive que consertar antes de seguir viagem, pois ficou perigoso demais agora.
Dia de resolver mais essa encrenca.
Parei em um soldador que tinha um moto na frente.
Ele tinha que ser o cara certo para resolver minha parada.
Nao era, mas o chefe dele era o dono da moto e o cara acabou soldando na camaradagem , sem cobrar nada.
E ainda me garantiu que nao teria mais problemas ate chegar em casa.
Entretanto logo mais na frente passei em um buraco e quebrei os raios da roda.
PORRA!!!
Essa fase da viagem em que eu entrei eu denominei de --- A Fase Hermafrodita: a fase onde voce so se fode!
Parei em uma loja de motos e o cara trocou a roda na camaradagem.
Mas ele demorou mais de 2 horas e tive que força-lo a receber uma cerveja de agradecimento.
Mais um cara sangue bom cruzava meu caminho.
Partimos para Punta Deleste.
A cidade de luxo dos uruguaios.
Na orla, um veleiro com suas velas rasgadas estava emborcado nas pedras.
Que pena do equipamento...
Fizemos o roteiro obrigatorio de sempre...
Peixaria para ver o leao marinho gordao que esta sempre comendo restos de peixes ( é o mesmo a 10 anos)
Passamos pela La Mano, cartao postal da cidade com seus dedos saindo da areia...
... e a ponte que parece uma montanha russa.
Eh maneiro passar de moto nela!
Dessa vez passei em Jose Ignacio. Sempre fico com preguiça de vir aqui.
Mas desta vez fui e gostei.
Lugarejo aprovado!
Acordei na cidade de Rocha e peguei a estrada rumo ao Brasil, doido para chegar logo.
Fiquei de muquiragem e nao enchi o tanque todo porque a gasolina no Uruguai estava bem mais cara que no Brasil.
Conclusao da estoria: Me fudi e acabou a gasosa bem onde a estrada vira uma pista de pouso de aviao.
Mas o tanque reserva tinha gasolina e me salvou pela decima vez nessa viagem, beeeem pertinho da fronteira.
E eu e Tapa chegamos nos Brasas finalmente!
Dormimos nesse dia em Rio Grande depois que cruzar a Reserva de Taim lotada de capivaras cruzando a estrada de noite.
Em Rio Grande peguei o ferry rumo a uma estrada que antigamente chamava-se Caminho do Inferno.
O problema é que esfaltaram ela, mas ela continua uma bela merda.
Quebrei minha unica roda inteira do sidecar num buraco!
A espuminha nao serviu para nada!
A buraqueira quebrou o chassis tambem e a motoca ficou toda arreganhada.
Eu estava na merda, no meio do nada.
Cheguei em Mostardas e um camarada chamado Tomate consertou minhas 2 rodas.
O cara trabalhou até as 10 da noite para me ajudar!
Esses caras do sul sao do caralho!
Dia seguinte ainda em Mostardas e fui soldar o chassis do sidecar.
Desconectamos a parte de cima e mandamos o cacete.
Colocamos um bacalhau nos canos do chassis para reforçar e aguentar a pauleira.
Mineiro e Ivan fizeram um excelnte serviço.
Voltei para aquele estrada maravilhosa que lembrava as Highways americanas de 7 pistas.
Andei a 20km/h até acabar a buraqueira.
Precisei de uma paciencia de monge budista.
Torres era meu objetivo naquele dia.
Acordamos em Torres, demos uma voltinha na Praia da Guarita e partimos para a Praia da Guarda.
Cheguei quase de noite no destino com a motoca desmontando.
Dois meses e a Farofatoca levando um pau todo dia!
Fiquei na casa do velho amigo Leo Podre e matamos uma garrafa inteira de Jack Daniels regados a muitas estorias e boas gargalhadas.
Mesmo na ressaca tive que dar um jeito de colocar o farol no lugar e partir.
Foi mais facil que eu esperava.
O rumo era Curitiba, mas dei uma paradinha em Balneario Camboriu para dar um abraço no amigo de infancia Twise.
Todo mundo que saiu do Rio para morar em outro lugar esta feliz, é unanime!
Enrolei o cabo em direçao à Sao Paulo.
Parece sacanagem, mas negozinho ainda nao acabou de duplicar a Rodovia Regis Bittencourt!!!
Talvez seja necessario contratar os incas ou os antigos egipcios para acabar com essa obra antes que dure mais 1000 anos para terminar!
Cheguei de noite no Rodoanel e descobri que essa estrada nao tinha nem acostamento seguro nem posto de gasolina, alem de uma neblina super-hiper densa.
Alem disso todo mundo metendo o cacete na neurose!
Parei de noite no Atendimento aos Usuarios e usei meu galao de emergencia pela ultima vez na viagem.
Jamais imaginei que fosse passar perrengue de gasolina em Sao Paulo, a cidade com mais infra do Brasil!
Mas deu tudo certo e passei minha ultima noite da viagem em Sao Jose dos Campos.
Desci a serra e peguei a bela Rio-Santos.
Aproveitei para abrir a barraca ...
... que nao consegui usar na viagem por causa do frio absurdo.
Dei uma olhada no rastro do gps: 16.000 km!
Nada mal para nossa primeira viagem de moto! Uma viagem descompromissada e sem grandes pretençoes.
A Farofatoca se revelou uma devoradora de chao preto. Nunca me deixou na mao. Nem na neve, nem na geada, nem no deserto, nem na chuva. Ela sempre esteve pronta para partir.
O sidecar teve seus problemas, mas é como reclamar de uma mochila pesada. A culpa nunca é da mochila. Carregou o Tapa e cumpriu sua missao.
O Tapa foi meu velho parceiro de sempre. Fez um monte de merda, mas sempre bem humorado. Tapa voce é do caralho!
Fiz novos amigos e revi velhos, conheci pessoas incriveis, passei por lugares lindos, conheci o frio extremo em cima de uma moto, ouvi estorias epicas, vivi momentos magicos que nunca vou esquecer.
Peguei a motoca e parti em direçao ao fim do arco-iris em busca do meu trofeu de chegada: A minha olhuda!
O melhor da viagem e poder voltar pro lugar que mais me sinto bem nesse mundo miudo: O nosso lar! 
aqui fica o conteudo
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Sed risus purus, pellentesque a consequat a, accumsan vel libero.
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Sed risus purus, pellentesque a consequat a, accumsan vel libero.
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Sed risus purus, pellentesque a consequat a, accumsan vel libero.
