Após cruzar um vasto oceano de girassóis... chegamos a Itália.

Ahhh, a Itália.... terra da Ferrari, da comida boa, da alta costura e do povo mais fanfarrão e debochado da Europa.

 Terra dos Bresaola, dos Vivacqua e da minha “véia” mãe: Dona Brunella, a melhor cozinheira do mundo...

Os italianos não passam despercebidos em nenhum canto do planeta.

Estão sempre gritando e balançando as mãos, rindo ou brigando entre si e sacanenado alguém. Os caras são, no fundo, muito engraçados.

Uma vez meu pai perguntou para um italiano em Roma:

-Como faço para chegar no aeroporto?

Apontando para o céu ele respondeu sem exitar:

-Siga o avion!

Outra típica situação italiana:

Sentamos em um restaurante e pedi dois chopps.

Rapidamente o garçon trouxe, colocou os dois chopps bem na minha frente, e perguntou:

-E a moça? Vai beber o que?

Assim são os italianos.

Nossa primeira parada foi Veneza. A travessia é feita por embarcações, que podem ir pelo Grande Canal ou pelo Canal de Giudecca.

Os vaporettos são a forma mais popular de se locomover na cidade, realizando a função de ônibus públicos.

Há diversos tipos de máscaras venezianas para o Carnaval. Existem pequenos ateliês próximos a Ponte do Rialto que as vendem por preços camaradas.

A cidade se tornou uma potência comercial a partir do século X e sua frota já era uma das maiores da Europa.

 Como cidade comercial, já controlava várias rotas comerciais.

Canais cortados por pontes em arco, gôndolas deslizando em silêncio pelas águas...

e palácios medievais.

É claro que os únicos “doentes” que levaram um cachorro para Veneza... fomos nós.

Estava um calor de mais de 40º e o Fedorento começou a ficar desesperado procurando sombra.

É claro que o sacana mandou sua tradicional escapada  “a la David Coperfield” e se jogou na água mais proibida de todas na Itália: a área das gôndolas.

Mais uma vez, quase fui para cadeia.

Terminamos nosso dia com um inesquecível passeio de gôndola. Eu sempre achei que esse fosse um programa chato, mas estava redondamente enganado. Ir a Veneza e não fazer um passeio de gôndola é um grande erro. E o Tapa andando de gôndola foi a engraçadíssimo. Todo mundo quis tirar foto do fedido na gôndola naquela tarde.

E foi na Itália que completamos um ano na estrada. Para comemorar, traçamos nossa rota percorrida no mapa do Farofamóvel.

Depois fomos conhecer a torre de Pisa. Ela teve sua construção iniciada em 1174, como parte do conjunto da catedral da cidade. Quando três dos oito andares da construção de 56 metros foram concluídos, os arquitetos notaram que os alicerces estavam cedendo no terreno, o que estava causando uma inclinação de mais de 3 metros do sentido perpendicular da torre.

Em 1990, uma avaliação de engenheiros indicou que ela corria o perigo de cair de vez, e chegou a ficar inclinada 4,5 metros em relação a seu eixo original. A torre foi então fechada para a visitação.

A visitação à Torre de Pisa foi reaberta em dezembro de 2001, depois de aproximadamente onze anos fechada e ficou limitada a passeios previamente organizados.

Próxima parada: Cinque Terre.

Cinque Terre são cinco vilas, ou comunas, na região da Ligúria, fundadas na Idade Média (do século 11 ao 13). Este lugar esteve isolado do mundo dos turistas por muito tempo. Os vilarejos, sem relevância econômica, sobreviviam da pequena produção de vinicultura e da pesca.

Pode-se chegar aos seus cinco vilarejos --Monterosso al Mare, Vernazza, Corniglia, Manarola e Riomaggiore-- de trem; a maneira mais fácil e que escolhemos, claro!

Prosseguindo viagem, chega-se a Manarola, de onde parte a romantica via dell'Amore,

...uma estrada escavada em meio às rochas sobre o mar.

Ali, na via dell'Amore,  milhares de cadeados gravados com o nome de casais ficam pendurados ao longo de centenas de metros...

... um ótimo lugar para namorar.

Cinque Terre é uma visita altamente recomendável e muito pouco divulgada para nós, brasileiros.

Dormimos no carro na frente da praia. Ali, o Farofamóvel nos proporcionou tudo que precisávamos: banho, banheiro, comida e abrigo. Valeu Farofamóvel, mais uma vez!

Na Itália me senti, estranhamente, em casa...

No próximo diário de bordo: Principado de Mônaco.

Comidas e bebidas maneiras

Chegamos à Italia... mamma mia!!!

Esse com certeza seria um dos melhores países para visitarmos quanto à sua gastronomia, e estava ansiosa por isso. Massas, pizzas, vinhos, sorvetes... delícias de uma cozinha suculenta e difundida por todo o mundo. Não há quem não conheça e não goste de uma pasta ao molho de tomate, um de seus pratos mais simples e conhecidos.

Uma de minhas comidas preferidas é a pasta al pesto, receita 100% italiana. A pasta você pode eleger qualquer uma, e acrescentar a ela o pesto, que é um delicioso molho de manjericão, que inclusive já falei em algum diário de bordo passado. Esse molho é tão tradicional no país que é facilmente encontrado nos supermercados. Fiz algumas vezes para comermos em nossos acampamentos, e aí vai a foto do meu nhoqui al pesto.

E por falar em supermercado, foi na Itália onde tivemos uma das melhores experiências em fazer compras durante nossa viagem pela Europa. Queijos, molhos, massas, vinhos, tudo do bom e do melhor com preços excelentes. Minha vontade era passar o dia todo ali... descobrindo tanta coisa gostosa para comer.

Uma dica para quem quer comer bem e barato, o que não é difícil no país, é recorrer às Trattorias. Estas, na maioria das vezes, são restaurantes familiares, com pratos tradicionais e com preços bem acessíveis. Mas também há as barraquinhas de rua com sanduíches diversos, além das comidinhas prontas dos supermercados.

A pizza... engana-se quem pensa que ela nasceu na Itália. Na verdade, os egípcios já misturavam trigo, farinha e água há milênios atrás, fazendo uma massa muito parecida com o pão árabe contemporâneo, e que recebia o nome de piscea. Muito antes de Cristo, os fenícios cobriam essa massa com diversos ingredientes diferentes, e esse também foi um costume na Idade Média com os turcos muçulmanos. Depois disso, através das cruzadas marítimas, essa massa acabou chegando ao porto de Nápoles, ao sul da Itália, onde foi criada a pizza que conhecemos hoje.

Em todo o país, em qualquer bar, restaurante ou quiosque para fazer uma boquinha há sempre um pedaço de pizza. Não importa o lugar.

Nossa passagem por Veneza foi sensacional! A primeira cidade italiana pela qual passamos nos deu a exata noção de como a cozinha italiana é suculenta. Lojinhas diversas vendendo paninis, sanduiches feitos geralmente no pão ciabatta com recheio de queijo, salame, mortadela ou outros, pizzas...

 involtinos, mais conhecidos como wraps...

... e muito, muito mais.

E os sorvetes? Ah, os sorvetes italianos, ou gelatos, são mais que deliciosos... são inesquecíveis!!! Há barraquinhas e lojas espalhadas por todos os cantos, e nada melhor que um sorvetinho para refrescar no calor intenso da Europa. Os preços variam bastante e vale a pena procurar um pouquinho, pois sempre há uma loja mais barata.

Completamos um ano de viagem quando chegamos a Veneza, e obviamente, fomos comemorar!

Tomamos um bom chopp e comemos bruschettas al pomodoro para abrir os trabalhos. A bruschetta é servida como entrada e feita com pão italiano tostado com coberturas variadas. Neste dia nós pedimos ao molho de tomate com manjericão.

Como prato principal, nós dois optamos por comer risottos. Eu comi risotto al mare...

... e o Gu risotto al funghi...

E fechamos com chave de ouro esta data tão especial comendo tartufo, um tipo de sorvete recheado. O nosso recheio era de chocolate e estava muito especial.

Você encontra tartufo facilmente aí no Brasil, assim como os risottos e bruschettas também.

Quem pensa que italiano não bebe cerveja está muito enganado. Ali há boas cervejas e muito tradicionais... algumas até seculares. Mas sobre elas, eu falarei no próximo diário de bordo da Itália sobre bebidas.

Italianos são ótimos também nos aperitivos... Bresaola... "Dá-lhe Sogrona... esse comemos em sua homenagem!!!"

... presunto cru...

... salame tradicional....

... pastinhas...

... tudo muito, muito bom!!

Nos vemos em Mônaco!

 

 

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